sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO !!!!!!!!!!!!!!

Ano-novo: 2

Animados de Ano Novo



Que possamos ter no ano de 2012 melhores noticias a respeito da Arqueologia e Egiptologia, diferentemente do que foi no ano de 2011.
Abs...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Boas Notícias....



No dia 21, começaram os trabalhos de restauro do material que sobrou do incêndio que arrasou o prédio do Institut d’Égypte. As obras que escaparam total ou parcialmente do ocorrido estão agora sob os cuidados de funcionários das várias bibliotecas do país que se prestaram a tentar recuperar o quanto fosse possível o material que permanece no Cairo.


Embora muito tenha sido destruído, foi devido ao trabalho de egípcios que se mobilizaram de forma voluntária desde o dia em que ocorreu o incêndio até o dia 20 que hoje o trabalho pode estar ocorrendo, pois foi graças a estes homens e mulheres que podemos dizer que o acervo do Instituto não está de todo perdido, inclusive o celebre Description de l’Égypte, que é considerado um dos marcos do nascimento da Egiptologia está parcialmente salvo. Devo lembrar que as equipes de restauração do Egito são muito boas e foram eficientes na recuperação de alguns dos artefatos destruídos durante a invasão do Museu Egípcio do Cairo em Janeiro deste ano.


Alerto também aqueles que se interessam por antiguidades: não comprem folhas avulsas ou obras timbradas antes de se certificar que não estão sendo comercializadas de forma ilegal, elas podem ter pertencido ao Instituto e não a uma herança de família. Da mesma forma que temos pessoas que se dedicaram a recuperar os livros e artigos outras podem estar mais interessadas em roubá-los para lançar no mercado negro de peças arqueológicas.




domingo, 18 de dezembro de 2011

Intolerância

Infelizmente, na manhã me deparo com uma noticia lastimável para a Arqueologia Egípcia. Recuparado pelo blog de uma colega arqueóloga, posto aqui a noticia.

"O prédio do Instituto do Egito foi queimado na noite passada (16/12/2011), dizem que o exército foi o responsável.
Vários livros foram perdidos, alguns que se salvaram foram graças aos civis que chegaram em tempo de salvar algumas obras. Este Instituto foi criado por Napoleão durante sua expedição que deu o “ponta pé” inicial para o nascimento da Egiptologia e é o primeiro a se preocupar com o estudo do passado egípcio. Nele estava uma das cópias raras da Descrição do Egito (publicação que popularizou a imagem do Egito arqueológico)."

fonte: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/12/17/mais-uma-perda-para-a-egiptologia/

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A descoberta dos hieróglifos e a Ciência da Egiptologia


Dia 27 é considerado um grande dia, pois é o aniversário da ciência Egiptologia, já que foi nesta data que Champollion anunciou a descoberta da tradução dos hieróglifos. Mas quem foi Champollion?

A capacidade de leitura dos hieróglifos perdeu-se por mais de um milênio e foi Jean-François Champollion, nascido em 23 de dezembro de 1790, em Figeac, uma pequena aldeia do sul da França, quem conseguiu decifrá-los de novo e integralmente, o que lhe valeu o epíteto de Pai da Arqueologia. A chave principal da decifração foi a famosa Pedra de Roseta, descoberta em 1799 e que continha um decreto da época do faraó Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.) grafado em hieróglifos, em demótico e em grego. Foi comparando esses escritos, usando seus excelentes conhecimentos da língua copta e estudando outras inscrições hieroglíficas, que ele conseguiu o feito notável de nos abrir o conhecimento dos meandros da civilização egípcia antiga e deu início à egiptologia científica.

Provavelmente estimulado pela convivência com a biblioteca de seu pai, que era livreiro, Champollion demonstrou ser uma criança precoce. Com cinco anos de idade aprendeu a ler sozinho. Tinha apenas 10 anos quando seu irmão mais velho, um arqueólogo, lhe mostrou uma reprodução daquela pedra e, diga-se de passagem, apesar de ter trabalhado com seu texto durante 14 anos, ele nunca conseguiu ver a pedra em si. Foi provavelmente por influência do irmão que o garoto desenvolveu a paixão por línguas em geral e pelo Egito em particular. Ao examinar o texto, curioso, o menino encasquetou que um dia decifraria aquela estranha escrita: os hieróglifos. Esse desejo infantil tornou-se obsessão e ele se preparou para o feito: dedicou-se com afinco ao estudo das línguas antigas e orientais. Com 11 anos ganhou uma bolsa de estudos e ingressou no liceu de Grenoble, recém fundado. Aí o jovem estudante maravilha os mestres traduzindo e explicando com perfeição os versos, ainda que sutis, de Virgílio e de Horácio. Não se dá bem com a matemática, e futuramente seu pai irá ajudá-lo nos cálculos da cronologia dos reinos dos faraós, mas, em compensação, revela um talento fora do comum para o entendimento de línguas. Aprendeu, às vezes sozinho, árabe, hebreu, aramaico, siríaco, persa, etíope, caldeu, chinês, sânscrito, zende e copta. Com apenas 16 anos de idade apresentou à Academia de Grenoble um trabalho no qual defendeu que o copta talvez fosse uma &quotdeturpação" da língua falada no antigo Egito. Em 1808 descobriu que 15 sinais da escrita demótica correspondiam a letras do alfabeto da língua copta e isso o convenceu de que o copta era a última etapa da língua faraônica. Dedicou-se, então, a ela com tal empenho que, em 2 de abril de 1809, encontrando-se em Paris para aperfeiçoar seus estudos de línguas, escreveu ao seu irmão: Sinto-me tão perfeitamente copta que, para me distrair, verso para esta língua tudo que me passa pela cabeça; falo copta sozinho já que ninguém poderia me entender.

A língua copta é uma mistura de dialetos, cheia de termos gregos e palavras orientais e escrita com o alfabeto grego e mais seis caracteres demóticos que indicam sons que o grego não possui. Era falada pelos cristãos na Grécia nos primeiros séculos da nossa era e nela foram conservadas várias traduções de textos sagrados. O copta tem estreita relação com a língua egípcia antiga e apresenta a vantagem de grafar as vogais, o que tornou possível a Champollion descobrir a pronúncia exata, ou pelo menos aproximada, de muitos nomes e vocábulos egípcios.

Com 18 anos de idade foi escolhido para ensinar história e política no Colégio Real de Grenoble, posição que manteve até 1816; em 1818 foi indicado para a cátedra de história e geografia do mesmo colégio, tendo lecionado tais matérias até 1821. Em 1812 casou-se com Rosine Blanc, de quem teve uma filha, Zoraide, em 1824. Durante esse tempo começou a escrever sua Introdução ao Egito sob os Faraós (1811), bem como a obra Egito dos Faraós, ou Pesquisas sobre a Geografia, Religião, Língua e História dos Egípcios antes da Invasão de Cambises (2 volumes - 1814).

Ao analisar a pedra de Roseta, ele foi o primeiro a definir com exatidão que seu texto intermediário estava grafado em demótico. Outro estudioso, o abade Barthélemy, já pressentira que os cartuchos encerravam nomes de reis, mas a ordem dos sinais permanecia incerta. Na estela de Roseta havia vários cartuchos e pelo texto grego se sabia que o faraó citado era Ptolomeu V. Um cientista inglês, Thomas Young (1773-1879), havia descoberto o significado correto de alguns sinais e atribuíra valores de sons, e não de idéias, a diversos símbolos. Champollion não se convencera muito disso. A pesquisa empacara aí. A grande tarefa para ele, naquele momento, era descobrir se os hieróglifos eram apenas símbolos ideográficos ou se podiam realmente funcionar como letras.

Em 1815 novas pistas surgiram. A primeira foi um pequeno obelisco descoberto em Philae. Também continha um texto grafado em hieróglifos, demótico e grego, no qual aparecia o nome de outro faraó, Ptolomeu Evergetes II, e o de sua esposa Cleópatra III. Sendo nomes estrangeiros, raciocinou Champollion, não poderiam ser grafados com ideogramas, mas deveriam estar escritos da maneira como eram pronunciados. Comparando os cartuchos de Ptolomeu e Cleópatra, notou que possuíam em comum os sinais que representavam as letras P, T, O e L. A conclusão lógica foi a de que alguns hieróglifos tinham mesmo o valor de letras. Embora a descoberta da grafia de nomes de reis tenha sido fundamental para decifrar os hieróglifos, isso não levaria ao entendimento da língua egípcia sem a ajuda do copta. O conhecimento profundo que Champollion tinha dessa língua permitiu-lhe descobrir, ao estudar a pedra de Roseta, os valores fonéticos de certos sinais hieroglíficos em particular, enquanto que seu entendimento do texto grego ajudou-o a identificar os caracteres ideográficos.

A outra pista foram dois cartuchos que pareciam significar os nomes de Tutmés (Tutmósis) e Ramsés. Neles o segundo elemento era idêntico e poderia corresponder ao som més. Eram os primeiros nomes totalmente egípcios que ele traduzia e isso convenceu-o de que suas descobertas eram válidas para os vários períodos da história egípcia e não apenas para a época greco-romana. Champollion concluiu, então, que ao lado dos sinais que correspondiam a um som simples, havia também sinais que agrupavam duas consoantes e sinais que representavam idéias. Ao chegar a tal conclusão ele se emocionou a tal ponto que desmaiou e permaneceu inconsciente por 60 horas. Quando voltou a si redigiu uma carta ao secretário perpétuo da Académie des Inscriptions et Belles-Lettres, a célebre Lettre à Monsieur Dacier relative à l'alphabet des hiéroglyphes phonétiques. Nesse documento, do qual vemos a foto de uma das páginas ao lado, lido em sessão daquela academia em 27 de setembro de 1822, ele anuncia a descoberta do alfabeto fonético com o qual os egípcios grafavam os nomes dos reis gregos e dos imperadores romanos. Além de Ptolomeu e Cleópatra, ele foi capaz de reproduzir a grafia em hieróglifos e a tradução de 79 nomes de soberanos egípcios, desde Alexandre, o Grande, (332 a 323 a.C.) até Antonino, o Pio (138 a 161 d.C.), dos quais ele reconheceu e tabulou todas as letras, uma a uma. Estava posto abaixo o conceito vigente até então de que a escrita hieroglífica era apenas ideográfica, ou seja, que cada sinal representava uma idéia.

Estava dado o primeiro passo, mas esse era apenas o começo; tornava-se necessário estabelecer um vocabulário e uma gramática e, depois disso e acima de tudo, entender o que se estava lendo e descobrir os fatos narrados por uma língua morta há pelo menos 18 séculos. Champollion sai à cata de textos que não possuia. Obtém cópias de escritos de paredes do túmulo de Seti I e, embora republicano, consegue a simpatia dos reis Luis XVIII e Carlos X. Graças a isso, entre 1824 e 1826, lhe foi possível visitar várias coleções de museus fora da França, tendo sido enviado em missão financiada pelo rei para os museus de Turim, Liorne, Roma, Napoles e Florença, na Itália, onde, em magníficas coleções lá existentes, aprofunda suas pesquisas. Então escreve: Minha ciência hieroglífica acha-se suficientemente avançada para entrever o imenso espaço que ainda lhe falta percorrer antes de poder caminhar sem obstáculos no grande labirinto da escrita sagrada. Vejo o caminho a seguir mas ignoro se o zelo de um só homem e toda a sua existência podem ser suficientes para tão vasto empreendimento. Nessa época consegue que seja adquirida pelo governo francês grande parte de uma importante coleção egípcia, a coleção Salt, para o futuro museu Carlos X. Quando os objetos chegam a Paris é incumbido de catalogá-los, classificá-los e apresentá-los ao público, inaugurando o museu em dezembro de 1827 e publicado a obra Notice descriptive des monuments égyptiens du musée Charles X.

Até então Champollion não conhecia o Egito. Finalmente surge-lhe a oportunidade ao integrar uma expedição franco-toscana, constituída por 14 estudiosos. Entre eles encontra-se o futuro fundador da egiptologia na Itália, Ippolito Rosellini (1800-1843), um italiano de Pisa que havia sido aluno dileto de Champollion quando de sua viagem àquele país. A expedição, que chega à terra dos faraós em 18 de agosto de 1828, tem por finalidade fazer o primeiro apanhado sistemático da geografia e da história do Egito, de acordo com o que revelavam os monumentos e suas inscrições. Tais monumentos dialogam com Champollion e cada um deles lhe conta seu nome, idade e finalidade. Frenético, ele percorre o vale do Nilo e pesquisa tudo o que pode até dezembro de 1829; copia textos e verifica que seu método de decifração é exato. A população simples o considera um verdadeiro mágico, a única pessoa no mundo capaz de ler aquela estranha escrita. Numa pilastra do templo de Karnak ele grava o próprio nome num grito de júbilo. Podemos imaginar a emoção sentida por ele ao lermos suas cartas e seu diário. Numa delas afirma: Orgulho-me agora ao ter o direito de lhes comunicar que, tendo seguido o curso do Nilo desde a foz até a segunda catarata, nada existe que deva ser modificado em nossa Carta sobre o alfabeto dos hieróglifos. Nosso alfabeto é bom: pode ser aplicado com igual sucesso, primeiro aos monumentos do tempo dos romanos e dos lágidas e depois às inscrições de todos os templos, palácios e túmulos das épocas faraônicas! E também afirma: leio com maior fluência ainda do que me atrevia a imaginar. Enquanto o francês anota detalhadamente o que vê, o italiano desenha, também detalhadamente. Tal foi o esmero aplicado que esse trabalho conjunto ainda é considerado como um dos melhores feitos até hoje: ele preservou, sem dúvida, incontáveis informações que, caso contrário, teriam sido perdidas.

Percebendo que 14 templos antigos haviam desaparecido por incúria das autoridades, Champollion tentou convencer o sheik Meemet Ali da necessidade de impedir o processo de destruição. Escreveu-lhe enfatizando: Já soou a hora de por termo a essas bárbaras devastações. Para tão louvável objetivo, Sua Alteza poderia ordenar que não se retire, sob pretexto algum, nenhuma pedra ou tijolo dos monumentos antigos ainda existentes.

A viagem ao Egito fora extenuante. Durante muito tempo Champollion ficara dentro de túmulos de atmosfera rarefeita e escassa iluminação, copiando textos em posições incômodas. O reumatismo o atacou. Ao voltar à França, em pleno inverno, Champollion foi obrigado a ficar um mês de quarentena em um navio sem aquecimento. Sua saúde, já precária, se ressentiu do sacrifício. Em 1830 é eleito membro da Académie des Inscriptions et Belles-Lettres e em 12 de março de 1831 é criada especialmente para ele uma cadeira de gramática egípcia no Collège de France. O decreto real que institui a cátedra diz: M. Champollion exporá os princípios da gramática copta-egípcia e explicará todo o sistema dos escritos sagrados, dando a conhecer todas as formas gramaticais utilizadas nos textos hieroglíficos e hieráticos. Iniciou as aulas em 10 de maio daquele ano. Entretanto, proferiu poucas aulas. No final de 1831 foi atacado de apoplexia e paralisia parcial. A caneta caia-lhe das mãos, mas ele mesmo assim conseguiu terminar o manuscrito do seu dicionário e de sua gramática egípcia. Entretanto, enquanto ainda preparava para publicação os resultados da expedição ao Egito, veio a falecer, de enfarte, aos 41 anos de idade, doente e esgotado por excesso de trabalho, em 4 de março de 1832.

Entre suas obras destacam-se: Panthéon égyptien (1823-1831), publicado em partes, sendo que a obra integral deveria formar dois volumes, mas não foi completada; Prècis du système hyéroglyfique des anciens Egyptiens (1824), obra na qual ele dá a interpretação não apenas de uma longa lista de nomes reais, como também de palavras e frases e até mesmo de sentenças completas; Deux lettres a M. Ie duc de Blacas d'Aulps, relatives au musée royal égyptien de Turin (1824-1826); Catalogue des monuments égyptiens du musée du Vatican (1826). Postumamente foram publicados: Monuments de l' Egypte et de la Nubie d'apres les dessins exécutés sur les lieux (1835-1845); Grammaire égyptienne (1836-1841); Dictionnaire égyptien en écriture hieroglyphique (1841-1844); Monuments de l' Egypte et de la Nubie, notices descriptives (1844-1874) e suas cartas, reunidas em livro em 1833.

Em 1986 sua cidade natal lhe rendeu homenagem criando um museu de egiptologia na casa onde ele nasceu. O museu apresenta coleções diferenciadas: de um lado, documentos evocando a vida e a obra do pesquisador; de outro, antiguidades egípcias referentes a dois dos assuntos que fascinavam particularmente a Champollion, ou seja, a história da escrita e os deuses e os ritos funerários do Egito antigo.

Fonte: http://www.fascinioegito.sh06.com/champoll.htm

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Últimas noticias...

Ontem (terça-feira, 20 de setembro de 2011), o secretário-geral do Supremo Conselho de Antiguidades (SCA), Mohamed Abdel Fatah, pediu demissão do seu cargo. No mesmo dia ele declarou ao Ahram estar “de saco cheio” de tantas manifestações que têm atrasado corriqueiramente a organização do Conselho. “Todos estes protestos estão atrapalhando o prosseguimento correto dos trabalhos de Arqueologia”, disse ao jornal.

“Eu não posso ser responsável sem uma autoridade concreta em minhas mãos”, continuou, mencionando sua falta de voz no novo Ministério que está sob o encargo de Essam Sharaf. Ele deixou claro que não é contra os pedidos dos manifestantes, mas afirma que “Todos os trabalhos de Arqueologia estão sendo postos em espera devido a estes contínuos e corriqueiros protestos”.

Desta forma, o conselho dado por Dr Mohammed Ismail continua de pé.


fonte: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/09/21/secretario-geral-do-sca-pede-demissao/

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Conferencia sobre Egito


Será realizado em novembro de 2012 no Netherlands-Flemish Institute no Cairo (Egito) o International Conference on Ancient Egyptian Chariotry. É um evento de 2 dias e as datas serão anunciadas ano que vem.

O interessado pode conferir os dados do evento neste link: http://www.leatherandshoes.nl/ancient-egyptian-leatherwork-project-aelp/


fonte: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/09/09/conferencia-carruagens-egipcias/

domingo, 11 de setembro de 2011

Hawass está proibido de sair do Egito



Via blog de uma colega pesquisadora e arqueóloga...

Últimas sobre Hawass...

ODr. Zahi Hawass, ex-secretario geral do Supremo Conselho de Antiguidades (SCA) e ex-ministro das antiguidades do Egito, está proibido de realizar viagens para fora do país. Esta é uma suspensão vinda do atual governo que está investigando Hawass por corrupção.

No dia 15 de Agosto de 2011 Hawass publicou uma mensagem em seu blog afirmando que está batalhando contra as acusações que estão sendo realizadas contra ele, ao mesmo tempo em que está se dedicando a sua vida privada e escrevendo novos livros.


Fonte: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/09/02/hawass-esta-proibido-de-sair-do-egito/


domingo, 4 de setembro de 2011

3 meses sem Christiane Desroches Noblecourt...


Esta senhora da foto, de olhar severo chamava-se Christiane Desroches-Noblecourt, responsável pela conservação de antiguidades morreu aos 97 anos de idade, no dia 24/06/2011. Já faz mais de dois meses que uma das maiores colaboradoras da arqueologia egípcia nos deixou e foi para o Amenti.

Para quem não sabe, esta senhora protegeu, se não me engano, 24 templos egípcios (incluindo o famoso templo de Abu Simbel esculpido em rocha a mando de Ramsés II) que estava fadado a desaparecer por conta da construção de uma barragem em Assuã, no sagrado rio Nilo.

Uma pena, mesmo...

fonte: http://gregaeudaimonia.wordpress.com/2011/09/02/quase-3-meses-sem-christiane-desroches/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Militares egípcios desenterraram um cartucho do faraó Apries..


12:10 PM - 10 de agosto de 2011

Operações Militares egípcias descobriram na terça-feira uma placa de identificação do faraó Apries na área de Tal Defna em Ismailia, que está localizada a oeste do Canal de Suez. A placa é composta de dois pedaços de arenito vermelho, com dois cartuchos com o nome Wah-ib-ra (Apries) inscritos. Apries (589-570 a.C) foi o quinto rei da 26ª dinastia. O Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades Mohamed Abdel Maqsoud disse que a placa foi transferida para depósitos em Ismailia.

Abdel Maqsoud disse que as duas peças estavam cobertas de hieróglifos, enquanto que a base estava livre de qualquer escrito ou esculturas. A primeira e maior das duas peças é de 163 centímetros de comprimento, 85 centímetros de largura e 58 centímetros de espessura, enquanto a segunda e menor das duas peças é 86 centímetros de comprimento e 55 centímetros de largura.

Abdel Maqsoud disse que uma escavação anterior na área de Tal Defna realizada por uma equipe do Conselho Supremo de Antiguidades há quase três anos levou a uma série de descobertas. Ele acrescentou que Tal Defna não foi apenas uma guarnição militar de soldados gregos, mas também uma cidade egípcia estabelecida pelo rei Psamtik I durante a primeira parte da 26ª dinastia.

Fonte: http://www.almasryalyoum.com/en/node/484815

http://antigoegito.org/?p=3475

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fundos para a restauração da pirâmide de Djoser são disponibilizados.



10:43 AM - 9 de agosto de 2011

CAIRO: O recém-nomeado secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mohammad Abdel Maksoud, anunciou neste domingo que um comitê decidiu disponibilizar fundos para reiniciar as obras de restauro na pirâmide do faraó Djoser. A imprensa local vinha alertando para o interior da pirâmide que estava caindo depois da falta de pagamento à empresa que estava operando as obras de restauração. Um comunicado do conselho disse que uma comissão técnica reuniu-se domingo, e decidiu que os pagamentos seriam em três fases, com prioridade para os salários dos trabalhadores e para os pagamentos atrasados da empresa.

A pirâmide em degraus do faraó Djoser fica em Saqqara, cerca de 30 quilômetros ao sul de Cairo. Ela é tida como a a primeira pirâmide já construída no Egito e a construção de pedra mais antiga ainda de pé no país. Abdel-Maksoud substituiu o ex-chefe de antiguidades Zahi Hawass, conhecido por seu estilo de chapéu “Indiana Jones”. Seu substituto inicial, Abdel-Fattah el-Banna, ficou sob fogo por falta de credenciais de arqueologia para o cargo. Logo depois de Banna sair após a sua nomeação em julho, o secretário do Conselho Abdel Maksoud, ficou em seu lugar.

Uma versão deste artigo apareceu na edição impressa do The Daily Star em 08 de agosto de 2011, na página 16.

Fonte: http://www.dailystar.com.lb/Culture/Travel-and-Tourism/2011/Aug-08/Committee-to-fund-Zoser-pyramid-renovation.ashx#axzz1UYJaVrM7

In: http://antigoegito.org/?p=3465

quarta-feira, 29 de junho de 2011


A Mitologia Na Sociedade Do Egito Antigo


Autor: Ana Paula Campos Marques

A Mitologia na Sociedade do Egito Antigo

Ana Paula Campos Marques[1]

Resumo: Panorama geral sobre a influência da mitologia e da religiosidade no cotidiano da sociedade no contexto do Egito Antigo.

Palavras chave: Egito; mitologia; religião; sociedade.

Este artigo tem como meta analisar a influência da religiosidade, incluindo mitos, rituais, crenças, no contexto do Egito Antigo. Outro objetivo é observar como a sociedade se moldou de acordo com as características dos deuses adorados, e em que aspectos a religião se confundia com outros fatores, como política e economia.

O primeiro passo é definir o conceito de mitologia, que é o conjunto de mitos de determinada cultura que busca explicar suas origens. No caso da mitologia egípcia, além da justificativa das origens, esse conjunto de mitos visava “explicar acontecimentos da natureza que escapavam à razão humana” (MATIUZZI, 2005), e respondia como era possível a vida existir e se manter no mundo. Para vários autores, conhecer a mitologia egípcia é compreender a sociedade da época, e vice-versa.

Assim como em diversas outras civilizações, para os egípcios, o mundo se originou do caos, e dele só foi salvo pela interferência dos deuses-criadores, que variavam de região para região, de acordo com as características do grupo ali instalado, mas havia quase que unanimidade quando o assunto era o deus-supremo, Rá, o deus-sol.

Essa variedade de deuses e as características que eles absorveram e perderam com o tempo faz da mitologia egípcia a mais complexa de todas. Essas mudanças no perfil das deidades ocorreu pelo fato de a sociedade refletir na religião as dificuldades, os atributos e as necessidades da época. É quase como se os deuses adquirissem as formas que o povo precisava para a resolução de seus problemas. Esses deuses muito raramente protagonizam histórias completas, com começo, meio e fim.

A civilização do Egito atribuiu ao Sol o título de deus-supremo por acreditar que dele emanava a energia que servia de base para a vida. Rá foi adorado em praticamente todo território egípcio, o que era muito raro para um deus. Ele se manifestava de várias maneiras: como o pássaro Benu[2], como o escaravelho Khepri[3], ou como um homem com cabeça de carneiro chamado Atum, por exemplo. Essa característica dos deuses egípcios de adotarem formas antropozoomórficas[4] fez com que o país adorasse um imenso número de espécies animais, geralmente comuns na região do Nilo, como o touro Ápis, a cobra-naja (enquanto deusa Uadjit), a vaca (enquanto a deusa Nut), o gato (enquanto a deusa Bastet), o crocodilo (enquanto o deus Sobek), dentre muitos outros.

Os egípcios davam tanta importância aos animais, que isso chegava a influenciar as relações diplomáticas com outros países, como a Grécia, por exemplo. Nenhum egípcio jamais beijava a boca ou compartilhava suas facas com um helênico, pois os gregos consumiam carne de boi, vaca e de novilha[5], que eram sagrados na terra do Nilo por representarem seus deuses. Ao mesmo tempo em que alguns animais eram sagrados (alguns tão sagrados que eram mumificados após a morte), outros eram impuros, como o porco, que era utilizado apenas para sacrifícios. Só o fato de um homem ser criador de porcos[6] já o tornava indigno de coexistir com os outros homens. Também por servirem apenas para fins de sacrifício, os egípcios jamais comiam a cabeça de qualquer animal.

Uma característica muito forte da civilização egípcia foi a preocupação com a morte. Há quem diga que eles passavam a vida planejando a morte, mas não era bem assim. Na realidade, os egípcios se preparavam durante toda a vida para serem merecedores de viver uma vida eterna ao lado dos deuses após o fim de sua existência terrena. Para eles, a vida nada mais era do que uma passagem, e, para isso, depois de mortos, eles precisavam do corpo conservado e de seus bens pessoais para a vida que se seguiria: “Morte: uma transição exigida pelos deuses a fim de se alcançar uma nova vida, desta vez perfeita e eterna, qual a vivida por eles” (MATIUZZI, 2005, p. 75). A primeira necessidade era satisfeita através da mumificação, enquanto a segunda era realizada através da construção de tumbas suntuosas para guardar as posses do morto, como as mastabas[7], as pirâmides e os hipogeus[8].

Era principalmente no processo de construção das tumbas que a escrita se tornava cada vez mais necessária. Para “encaminhar” e “encomendar” a alma do morto, a fim de que ele alcançasse efetivamente a vida eterna, em sua tumba eram gravadas mensagens religiosas em nome dos deuses e em favor do falecido. Essas mensagens eram gravadas com os famosos hieróglifos[9] pelos escribas.

Os escribas eram profissionais que se dedicavam exclusivamente à arte da escrita egípcia. Eles detinham tanto poder e tanto prestígio na sociedade do Egito Antigo que eram considerados verdadeiros mensageiros dos deuses na terra. Eram responsáveis pelas escrituras sagradas[10], pela gravação de mensagens nos templos e tumbas, pelas descobertas científicas, dentre outras funções.

O povo egípcio foi responsável por inúmeras descobertas no campo da ciência, que chegaram até nosso tempo através do trabalho árduo dos “sacerdotes da escrita” [11]. Muitas dessas descobertas moldaram a sociedade de tal forma que sofreram pouquíssimas alterações com o decorrer dos anos. O exemplo mais formidável é o calendário com 365 dias. Feito com base nos ciclos da lua e sua influência na agricultura[12], o calendário, num primeiro momento, tinha seu início no mês que hoje chamamos de junho e apenas 360 dias. Os egípcios perceberam que cinco dias ficavam “soltos” entre um ano e outro, e determinaram que esses cinco dias deveriam ser dedicados à festivais[13] em honra dos deuses, e foram os primeiros em todo o mundo a instituir festas, procissões e oferendas a deidades.

É impossível falar do Egito sem citar a importância do Rio Nilo para aquela civilização. O regime de cheias do rio mais extenso do mundo foi fundamental para a instalação de grupos humanos às suas margens. Segundo Heródoto, “o Egito é uma dádiva do Nilo”, pois a existência da agricultura, vital para a sobrevivência de qualquer povo, só foi possível no meio do deserto graças ao rio, que foi tão significativo para os egípcios ao ponto de ser refletido em uma deidade: o deus Hapi, responsável pela manutenção da vida no Egito. Os próprios animais que viviam no rio, como o crocodilo, o hipopótamo e as cobras foram, também, endeusados.

O governante do Egito era considerado um deus vivo na Terra. Segundo a mitologia, o faraó era o próprio deus Hórus enquanto herdeiro de Rá[14], e a Rainha, uma filha de Ísis[15], motivo pelo qual o casamento entre irmãos da realeza era permitido, a fim de manter a pureza do sangue real. Além de ser o líder político do país, o faraó era, também, o líder religioso do povo, e era o único capaz de se comunicar diretamente com os deuses. Por essas e outras razões, o monarca egípcio era venerado pelo povo, que ansiava que o faraó antecedesse pelo país ante as deidades.

Os egípcios nunca foram uma civilização machista. Esse fato é comprovado pela existência de deusas tão ou mais importantes que deuses, e por não haver uma divisão de trabalho discriminatória no país. A deusa mais importante da mitologia egípcia foi, sem dúvida, Ísis, a mãe de Hórus. Ela zelava pela família e era considerada a maior das mães, assim como a Virgem Maria na sociedade ocidental atual. Foi tão idolatrada no Egito Antigo que os romanos, após dominarem a região do Nilo, com Otávio Augusto, adotaram a figura da deusa em sua própria mitologia. A família de Ísis, formada por ela, seu marido Osíris[16] e seu filho Hórus formaram a principal Tríade Egípcia, que foi adorada em praticamente todo território.

Os egípcios perduraram por mais de três mil anos e foram responsáveis por um verdadeiro império religioso e científico. Criaram os primeiros princípios da matemática, da astronomia, da agrimensura e da medicina, além de desenvolverem uma escrita extremamente rica e complexa. E nesse ambiente mítico e fascinante, repleto de deuses e lendas, a mais duradoura civilização que o planeta já conheceu teve cenário.

Referências

BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis. Trad: Luciano Alves Meira. São Paulo: Martin Claret, 2005.

HERÓDOTO. Livro II, Euterpe. In: Histórias. Lisboa: Edições 70, 2001.

MATIUZZI, Alexandre Augusto. Mitologia ao alcance de todos: os deuses do Egito Antigo. São Paulo: Hélade, 2005.

MORAIS, Cynthia. Maravilhas do Mundo Antigo: Heródoto, Pai da História? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.

SHAFER, Byron. As Religiões no Egito Antigo. SP: Nova Alexandria, 2002.

[1] Graduanda do 3º período de História do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH. Trabalho para a disciplina Etnohistória, ministrada pelo professor José Humberto Rodrigues.

[2] Pássaro mitológico semelhante à garça-real, chamado de fênix pelos gregos.

[3] Inseto da família do besouro muito comum no Egito, representava o Sol nascente.

[4] Que tem aspecto humano e animal, simultaneamente.

[5]A novilha era sagrada por ser uma das formas que a deusa Ísis, a mais importante da mitologia egípcia, tomava.

[6] Um criador de porcos só podia se casar com uma mulher criadora de porcos, e os seus filhos deveriam herdar sua profissão.

[7] Uma espécie de pirâmide cortada, sem o topo.

[8] Tumbas esculpidas na rocha, funcionavam como galerias funerárias. O Vale dos Reis é o mais famoso exemplo de conjunto de hipogeus.

[9] Unidades da escrita egípcia de origem pictográfica.

[10] O mais famoso exemplo é o Livro dos Mortos, que continha as instruções para alcançar a vida eterna ao lado dos deuses.

[11] Escribas.

[12] Através do regime de cheias e secas do Rio Nilo.

[13] O historiador grego Heródoto relatou que em honra de Bastet, 700 mil peregrinos viajaram até Bubástis para o festival em nome da deusa. Apesar de ser um número exagerado, estudiosos, como Júlio Graha, falam em 70 mil pessoas, o que não deixa de ser um número significativo.

[14] Originalmente, o pai de Hórus, Osíris, deveria ser o herdeiro do deus-sol, mas, ao ser assassinado pelo irmão invejoso, Set, seu filho legítimo, o deus-falcão Hórus herdou seu lugar no trono.

[15] Era a maneira preferida pela qual a rainha Cleópatra VII, a última a governar o Egito antes do domínio romano, gostava de ser referida.

[16] O deus da agricultura e dos mortos.

http://www.artigonal.com/religiao-artigos/a-mitologia-na-sociedade-do-egito-antigo-939929.html


Perfil do Autor

Graduanda do 3º período de História do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH. Trabalho para a disciplina Etnohistória, ministrada pelo professor José Humberto Rodrigues.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Arqueologos buscam tumba de Cleopatra no Egito


ALEXANDRIA, Egito (Reuters) - No alto de uma colina com vista para o Mar Mediterrâo, enterrados a grande profundidade abaixo da pedra calcária de um templo da deusa Isis podem estar os restos da rainha Cleópatra, segundo arqueólogos.

A tumba da rainha egípcia nunca foi encontrada, mas os arqueólogos estão descobrindo mais evidências de que os sacerdotes de Cleópatra levaram seu corpo para o templo após seu suicídio, para que ela ficasse com seu amante Marco Antonio.

"Este poderia ser a descoberta mais importante do século 21", disse neste domingo a jornalistas o chefe de arqueologia do Egito, Zahi Hawass, durante visita ao templo.

Arqueólogos do Egito e da República Dominicana planejam começar neste mesmo ano a escavar o local em busca da tumba.

Investigadores descobriram por radar que podem haver três câmaras. Os historiadores creem, baseados no escritor romano Plutarco, que Marco Antonio e Cleópatra foram enterrados juntos.

Kathleen Martínez, uma acadêmica da República Dominicana que foi pioneira na teoria de que Cleópatra poderia estar enterrada no templo, acredita que em uma das câmaras estão os corpos do famoso casal.

Se Martínez e sua equipe, que estão trabalhando há três anos no local, encontrarem corpos, procurarão placas que levem o nome de Cleópatra ou uma coroa que indique a identidade de alguma múmia.

Para ela, o corpo de Marco Antonio ainda pode estar adornado com o uniforme romano do antigo general.

fonte: http://www.arqueologiadabiblia.com/2009/04/arqueologos-buscam-tumba-de-cleopatra.html

Essa eu não sabia....


Em 1903, o arqueólogo Howard Carter descobriu duas múmias no Vale dos Reis num túmulo que recebeu a denominação de KV60. Uma das múmias era de Sitre In, a ama-de-leite de Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), e a outra era de uma mulher desconhecida. Três anos depois o corpo de Sitre In foi transferido para o Museu Egípcio do Cairo e o segundo corpo permaneceu na tumba. Trata-se de uma mulher obesa, com cerca de um metro e 50 centímetros de altura, cabeça calva na fronte e cabelos tingidos bastante longos atrás, unhas pintadas e enormes seios pendentes, que foi embalsamada com o braço esquerdo cruzado sobre o tórax — um sinal de realeza — e o direito postado ao lado do corpo. Em 1920 Carter descobriu o túmulo de Hatshepsut e nele havia dois sarcófagos vazios: um destinado a ela e o outro a seu pai, Tutmósis I (c. 1504 a 1492 a.C.).

Em 1966 a arqueóloga Elizabeth Thomas publicou um livro no qual sugeria que aquele corpo obeso era de Hatshepsut. Seus argumentos: a múmia foi datada como sendo da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) e encontra-se numa pose real; uma parte da máscara de madeira da múmia de Hatshepsut foi achada dentro da tumba KV60; sabe-se que Hatshepsut pediu que seus entes próximos fossem enterradas ao lado dela; havia um pequeno buraco no queixo da múmia, sugerindo que uma barba postiça havia sido fixada em algum ponto. Tudo isso eram apenas dados circunstanciais e a múmia permaneceu onde estava.

Em junho de 2007 surgiu uma nova evidência muito forte. Em 1881 havia sido encontrada uma caixa com o nome de Hatshepsut nela inscrito. Deduziu-se que deveria conter o fígado da rainha. O estojo não podia ser simplesmente aberto porque a resina se solidificara, soldando a tampa. CAIXA QUE CONTÉM O DENTEAgora, ao fazerem uma tomografia computadorizada do objeto, os pesquisadores encontraram em seu interior um fígado e um estômago embalsamado e, surpreendentemente, um dente quebrado ao qual falta uma de suas raizes. O computador também mostrou que o dente se encaixa milimétricamente no espaço do molar que falta na boca da múmia e que a raiz que falta ao pedaço de dente, ali se encontra. Ao que parece o dente se soltou do cadáver durante o processo de mumificação e os sacerdotes o preservaram.

A tomografia também revelou que ela morreu por volta dos 50 anos de idade e tinha os dentes em más condições, com muitas cáries e inflamaçõs nas raízes dos dentes. Além disso, devia sofrer de alguma doença de pele repugnante na face e no pescoço, debilitando ainda mais sua saúde. Provavelmente tinha diabetes e parece ter morrido de câncer nos ossos, o qual se espalhou por todo seu corpo.


Em julho de 2007, amostras de DNA da múmia foram comparadas com amostras de DNA de seus parentes reais: sua avó Amósis-Nofretari, a matriarca da XVIII dinastia, e seu pai Tutmósis I (c. 1504 a 1492 a.C.). Os técnicos da Universidade de Manchester, que levaram a cabo o teste, concluíram que os resultados, ainda que preliminares, indicam que o corpo é, de fato, de Hatshepsut.

fonte: http://www.fascinioegito.sh06.com/ach_hatshepsut.htm