segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Maquiagem de chumbo dos antigos egípcios combatia infecções, dizem cientistas



New York Times

No antigo Egito, acreditava-se que a elaborada maquiagem dos olhos usada pela rainha Nefertiti e outras mulheres tivesse poderes de cura, invocando a proteção dos deuses Hórus e Ra, além de evitar doenças.

A ciência não aceita a mágica, mas considera os cosméticos de cura. A maquiagem à base de chumbo usada pelos egípcios possuía propriedades antibacterianas que ajudavam a evitar infecções comuns na época, de acordo com um relatório publicado neste mês no "Analytical Chemistry", uma publicação da Sociedade Americana de Química.

"Isso é intrigante; eles foram capazes de construir uma forte e rica sociedade, então não eram completamente loucos", disse Christian Amatore, químico da Ecole Normale Superieure, em Paris, e um dos autores do artigo. Porém, eles acreditavam que essa maquiagem podia curar --entoavam cânticos enquanto faziam a mistura com coisas que hoje chamamos de lixo.


Amatore e seus colegas pesquisadores usaram microscopia de elétrons e difração de raios-X para analisar 52 amostras retiradas de estojos de maquiagem egípcia preservados no Louvre.

Eles descobriram que a maquiagem era feita fundamentalmente pela mistura de compostos químicos à base de chumbo: galena, que produzia tons escuros e brilhantes, e os materiais brancos cerussita, laurionita e fosgenita.

Como as amostras haviam se desintegrado ao longo dos séculos, os pesquisadores não puderam determinar a porcentagem de chumbo na maquiagem.

Embora muitos textos escritos, pinturas e estátuas do período indiquem que a maquiagem era amplamente usada, os egípcios a viam como algo mágico e não medicinal, disse Amatore.(Descordo: De acordo com minhas leituras acerca do tema, elas as viam sim, como medicinais. Protegiam contras as infecções e inflamações advindas pelos ventos que continham areia e podiam prejudicar a visão. Como na leitura abaixo:)

Infecções

No antigo Egito, na época em que o Nilo transbordava, os egípcios sofriam com infecções causadas por partículas que entravam no olho e traziam doenças e inflamações.

Os cientistas argumentam que a maquiagem com chumbo agia como uma toxina, matando as bactérias antes que se disseminassem.

Porém, embora sua pesquisa proporcione uma fascinante percepção de uma antiga cultura, os cientistas afirmam que a maquiagem não deve ser usada todos os dias.

Amatore explicou que a intoxicação dos compostos de chumbo ofuscava seus benefícios e que existem muitos casos documentados de envenenamento como resultado do uso do chumbo em pinturas e soldagens no século 20.

Neal Langerman, físico-químico e presidente da Advanced Chemical Safety, uma empresa de consultoria de segurança na saúde e proteção ambiental, afirmou: "Você não deve fazer isso em casa, especialmente se tiver criança pequena ou um cachorro que gosta de lambê-lo".


Beleza e perigo

Mesmo assim, segundo Langerman, faz sentido que os egípcios fossem atraídos pelos compostos.

"Chumbo e arsênico, entre outros metais, fazem lindos pigmentos de cor", disse ele. "Como eles criam cores atraentes e você pode transformá-los em pó, faz muito sentido usá-los como corantes de pele".

A questão do chumbo na maquiagem continua a ser debatida na indústria de cosméticos, particularmente em relação às pequenas quantidades de chumbo encontradas em alguns batons.

Embora alguns grupos e médicos argumentem que, com o tempo, usuários de batom podem absorver níveis de chumbo capazes de resultar em problemas de comportamento, a FDA --agência que regulamenta a produção e venda de diversos produtos nos Estados Unidos-- afirma que as quantidades de chumbo encontradas em maquiagens são pequenas demais para causar danos.

"É a dose que faz o veneno", disse Langerman, parafraseando o médico renascentista Paracelso. "Uma dose baixa mata as bactérias. Numa dose alta, a quantidade absorvida é demais".

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u683227.shtml

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Museu nega retorno de Nefertiti ao Cairo e reitera propriedade alemã


18/12 - 13:48 - EFE

Berlim, 18 dez (EFE).- O Museu Egípcio de Berlim negou hoje taxativamente que esteja negociando com as autoridades egípcias o possível retorno do busto de Nefertiti ao país do Nilo, embora confirmou uma iminente viagem oficial de sua diretora, Friederike Seyfried, ao Cairo.

As informações que falam que a diretora do Museu Egípcio negocia atualmente a devolução de Nefertiti com o diretor-geral da Administração de Antiguidades Egípcia, Zahi Hawass, "precisam de toda base", assinalou hoje o museu berlinense em comunicado.

A nota explica que a visita de Friederike Seyfried ao Cairo tem como objetivo tratar com Hawass sobre projetos comuns e entregar uma cópia dos documentos originais de 1913 sobre a descoberta e aquisição do busto de Nefertiti por parte da Sociedade Oriental Alemã.

"Nunca existiu um pedido oficial de devolução por parte do Estado egípcio. Os documentos demonstram claramente que o Estado prussiano comprou legalmente o busto e que não existe direito de reivindicação por parte do Egito", ressalta o comunicado.

Além disso, destaca que Berlim estuda a possibilidade de ceder temporariamente para uma exposição o busto de Nefertiti ao Cairo, embora isso dependa dos resultados de uma análise sobre o estado da peça arqueológica e os riscos de seu transporte ajudariam para sua conservação.

A nota do museu lembra que o busto de Nefertiti foi descoberto em 1912 durante as escavações científicas em Tell el-Amarna que foram autorizadas pelas autoridades do Egito.

Acrescenta que as escavações foram possíveis graças ao financiamento por parte do comerciante e colecionadora de arte berlinense James Simon e de sua execução se encarregou o professor Borchardt, do Instituto Imperial Alemão de Ciências Egípcias da Antiguidade.

O comunicado destaca que o acordo com a parte egípcia contemplava uma divisão das peças, como era de costume na época, para compensar o financiamento da operação.

Igualmente explica que para realizar a distribuição igualitária, o acordo contemplava preparar dois lotes de valor similar e que foi a parte egípcia a primeira a escolher com base em uma lista minuciosa em todos os objetos encontrados.

O Museu Egípcio de Berlim explica em sua nota que das peças mais importantes existiam inclusive fotografias para certificar a beleza e qualidade dos objetos.

Finalmente lembra que na hora de escolher os lotes todas as caixas abertas foram colocadas para que pudesse comprovar o conteúdo, por isso que "não pode falar de um engano na hora de fazer a distribuição".

O incomum e taxativo comunicado do Museu Egípcio de Berlim, integrado pelo recém reinaugurado "Neues Museum" de arqueologia e história antiga, sai à passagem de informações procedentes do Egito nas quais se fala do possível retorno ao Nilo do prezado busto do faraó egípcio.



Fonte:

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/18/museu+nega+retorno+de+nefertiti+ao+cairo+e+reitera+propriedade+alema+9249799.html

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Arqueólogos descobrem restos de templo do século III a.C.


Uma missão arqueológica egípcia descobriu em Alexandria os restos de um templo ptolomaico dedicado à deusa Bastet e pertencente à rainha Berenice, esposa de Ptolomeu III, cuja construção remonta ao século III antes de Cristo.

Segundo um comunicado divulgado nesta terça pelo Conselho Supremo de Antiguidades egípcio (CSA), a expedição, que estava liderada pelo diretor de Antiguidades do Baixo Egito, Mohammed Abdel Maksoud, também desenterrou 600 diferentes objetos daquela época.

A nota explica que a descoberta foi feita durante escavações rotineiras na região de Kom al-Dikka, na cidade mediterrânea de Alexandria, dentro de um recinto militar.

O secretário do CSA, Zahi Hawas, assegurou que o templo tem dimensões de 60 metros de comprimento por 15 de largura e se estende sob a rua Ismail Fahmi.

Segundo Hawas, a construção foi destruída na última época da era ptolomaica quando usada para construções, o que provocou o desaparecimento de muitos de seus blocos de pedra.

Entre os objetos que foram resgatados pela expedição estão a figura da deusa Bastet, representada por um gato, considerada a deusa da proteção e da maternidade. Isso indica, segundo Maksoud, que o templo era dedicado a essa deusa.

Maksoud ressaltou que foram encontradas três estátuas de Bastet em diferentes pontos da escavação junto a outras figuras esculpidas em pedra de uma menina e uma mulher.

Além disso, foram encontrados potes de barro, estátuas de bronze e louça de diferentes divindades do antigo Egito, além de representações de terracota dos deuses Harpócrates (Horus menino) e Ptah.

Fonte:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4214092-EI238,00.html#tarticle

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nova descoberta em Saqqara


Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu dois túmulo construídos há 2.500 anos, os mais antigos encontrados até o momento no sítio arqueológico de Saqara, a 25 quilômetros ao sul do Cairo.

Os mausoléus estão enterrados e têm gravuras em vários de seus muros, segundo detalha uma nota do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), divulgada na segunda-feira passada. Uma das duas construções é a de maior dimensão encontrada na região e inclui inúmeros corredores, quartos e salas, explicou Zahi Hawas, secretário-geral do CSA.

Este túmulo é precedido por duas grandes fachadas, parte em deterioração e outra de tijolo, conforme o comunicado. Dois dos quartos que estão lotados de material de construção e de terra conduzem a uma sala em que no interior foram localizadas diversas ossadas e vasilhas de cerâmica.

Em outra sala pequena foi descoberto um poço com uma profundidade de sete metros. Na parte norte do túmulo também foram encontradas várias múmias de falcões que estão em um bom estado de conservação. Conforme Hawas, o túmulo foi utilizado em mais de uma ocasião e provavelmente depredado no século V depois de Cristo.

Na segunda sepultura, de menores dimensões, embora também composta por várias salas, foram encontradas inúmeras vasilhas de cerâmica. O especialista em arqueologia revelou sua satisfação com as descobertas, uma prova que a região de Saqara, onde fica a pirâmide escalonada de Zoser, ainda guarda muitos segredos.

Saqqara
Há 150 anos a zona de Saqara é explorada. Desde então, novas pirâmides, tumbas e complexos funerários foram achados, a maioria pertencentes ao Antigo Reino, mas incluindo elementos da época romana.


Fonte:

http://inconscientecoletivo.net/?tag=saqara

http://inconscientecoletivo.net/novas-imagens-mostram-interior-de-tumbas-egipcias/